segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

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Entrevista com o Autor: Rafael Buarque Montenegro


O autor de hoje do Projeto Plena tem uma história até curiosa dentro do seu desenvolvimento na literatura. Sua construção literária é inteligente e suas inspiração são fenomenais. Apresento pra vocês hoje o autor Rafael Buarque Montenegro ( gente, a pessoa ter Buarque e Montenegro no nome é tipo uma sentença, tem que ter talento). A entrevista, pra mim, foi bem interessante e até divertida. É muito bom que tenhamos a oportunidade de saber um pouco da vida dos loucos (autores) que escrevem as obras que tanto amamos.



1. Fale-nos um pouco de você. Quem você é? O que te move, inspira e diverte? Qual sua formação?

R. Meu nome é Rafael Buarque Montenegro, tenho 24 anos, nasci em João Pessoa, Paraíba, e atualmente vivo em Campina Grande, PB, onde tento terminar minha graduação em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba. Por muito tempo perguntei o que me movia, e sempre achei (sempre quis acreditar) que havia um grande propósito por trás da minha existência. Que eu fazia parte de um todo maior, que eu era uma engrenagem fundamental no funcionamento de alguma grande máquina. Porra nenhuma. Ops, não sei se pode falar palavrão. Enfim, sem sarcasmos ou ironia, o que me move é meu corpo, meu coração, músculos, essas coisas. Se você me perguntar qual é o meu grande objetivo de vida a resposta será curta e direta: Não sei, não faço ideia. Sei que pessoas e situações me inspiram a ser melhor, pois tenho como mantra que devemos procurar sermos melhores a cada dia, sempre com o intuito de influenciar e inspirar nosso próximo. Sei que ler me diverte, ver filmes e séries me diverte, ouvir música me diverte, escrever me diverte pra caralho! Ou pra caramba, se preferir. Não gosto de rotina, não gosto do comum. O diferente me atrai, o inovador. Sempre.

2. Como se da a relação entre você e a literatura?

R. Minha relação com a literatura é engraçada, porque eu sempre gostei de ler, desde os meus 5 anos de idade. Mas, só vim começar a escrever qualquer coisa (sem ser os textos e redações de escola) aos dezoito anos. Comecei tardiamente, e não sei dizer se isso foi bom ou ruim para minha formação de escritor. Tem gente que escreve desde pequeno e não consegue contar uma boa história. Tem gente que começa depois dos trinta e arrasa no primeiro romance. Então, é relativo. Além disso, a literatura sempre fez parte da minha vida através da leitura, mesmo nas épocas que esse hábito estava dormente, eu ainda mantinha um livro na mochila. 

3. Quais são seus livros publicados? Fale-nos um pouco deles e onde podemos comprá-los.

R. Publiquei três livros de maneira independente. Dois quando eu ainda era um escritor amador. Comecei a escrever em 2009 e publiquei meu primeiro livro em 2011. Era um romance, ficção, porém de cunho totalmente religioso. Chamava-se "Segundo a Sua boa vontade" (esgotado), contava a história de um ateu que se convertia. É até engraçado dizer que escrevi esse livro, pois hoje o ateu sou eu. (risos). Vendemos 3 mil exemplares desse livro na Paraíba e em Pernambuco. No primeiro semestre de 2013 saiu o segundo romance cristão, "O Pescador de Homens" (esgotado). Vendemos 1 mil exemplares na Paraíba. Nesse meio tempo eu já tinha escrito muita poesia e outros romances, numa pegada estilo Nicholas Sparks (putz, vergonha alheia. Perdão aos fãs). Foi só em dezembro de 2013, janeiro de 2014 que decidi que levaria a sério a escrita. Como uma profissão, como algo que seria minha principal fonte de renda. Mudei completamente os gêneros literários que escrevia, e passei a me dedicar a literatura fantástica e a ficção científica ( -entrevistador batendo palmas aqui). Publiquei As Crônicas de Pindorama - Piná e o Despertar da Escuridão em setembro de 2015 e desde então meu trabalho é divulgar esse livro Brasil afora. Quem quiser conhecer mais sobre essa saga de fantasia é só visitar o blog:http://pindoramageek.com.br/, tem uma parte específica falando sobre o livro:http://pindoramageek.com.br/as-cronicas-de-pindorama/

4. Como se deu sua inserção nesse universo literário? Quais desafios encontrou para publicação de seus livros e como os superou?

R. Considero que houveram alguns momentos fundamentais para minha inserção no universo literário. Primeiro, em 2009, comecei a escrever um livro de meditações devocionais para jovens. Imprimi, tirei xerox e distribui para o grupo da minha igreja. Foi minha primeira experiência como autor, foi quando recebi os primeiros feedbacks, e como fui elogiado, decidi levar isso adiante. Foi um momento fundamental na minha formação de escritor. Depois, quando publiquei o primeiro livro, em 2011, mesmo de maneira amadora, e recebi os primeiros elogios e mensagens de apoio. Por fim, quando decidi que levaria a sério a carreira, profissionalmente, em 2014, foi o terceiro momento fundamental e quando publiquei As Crônicas de Pindorama em 2015 me senti completamente inserido no universo literário. Sobre as dificuldades, posso resumir todas elas em uma só: falta de grana. Não vou nem falar das editoras que COMPLETAMENTE IGNORAM autores iniciantes, mas a falta de dinheiro é o principal problema de quem tenta autopublicação. Como superei? Com a ajuda dos meus pais. Eles venderam a casa deles para publicar meu livro, e agora estamos todos juntos nessa luta. 

5. Que elementos você considera importante na construção de um personagem?

R. Gosto de personagens bem descritos, então procuro fazer isso ao construir os meus. Gosto de personagens humanos, palpáveis para o leitor, então procuro passar aos meus personagens essas características. Não gosto de idealizações, esteriótipos, embora nem sempre seja possível fugir deles. Gosto de personagens fortes, especialmente mulheres, então faço isso em meus livros. Não tem muito segredo. É tentativa e erro. As vezes o autor acha que está arrasando ao criar um personagem e o público lê e acha aquele personagem horrível. Outras vezes ocorre o contrário, é a vida. 

6. Quais são os livros e autores que inspiram sua vida? Recomenda-me algum. 

R. Tolkien me inspira pela genialidade e pela grandiosidade de sua obra. Nenhum outro autor de fantasia foi/será como ele. Nenhuma outra obra de fantasia foi/será como a obra do Professor. Os Miseráveis, de Victor Hugo foi o primeiro livro que abriu meus olhos para os problemas sociais do mundo. Perseguição Implacável, do Peter Carter, foi o primeiro livro que me mostrou a irracionalidade da guerra. O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, trouxe-me o amor pela filosofia. Mas se tiver que recomendar um único livro, vou recomendar dentro da literatura fantástica. "O Nome do Vento", de Patrick Rothfuss, que é, para mim, o melhor livro de fantasia que eu já li. (não é maior ou mais importante que a obra de Tolkien, mas é mais gostoso de ler. O livro canta pra você. Vai por mim, leia O Nome do Vento. Sério. Leia.)

7. Fale-me de seus projetos futuros. Tem mais livros a caminho?

R. Nossa, tem muita coisa vindo. Sou inquieto, bastante inquieto. Tem os livros sequenciais dAs Crônicas de Pindorama. Quero lançar o segundo volume, intitulado Nhanderuvuçu e a Grande Noite ainda este ano. Estou trabalhando também nuns roteiros pra cinema (outra área que tenho interesse), e num livro de ficção cientíica ainda sem nome e num roteiro de uma hq de suspense/terror. Enfim, muitas cosias, espero dar conta de tudo!

8. O que significa para você esse efeito mágico que a leitura causa nas pessoas, especialmente nas crianças e nos adultos sonhadores?

R. Como leitor, é uma sensação única. O livro mexe com nossa imaginação, com nossos sentimentos, expectativas. É incrível. Não é algo fácil de descrever. Como autor, é uma puta responsabilidade, mas é também uma puta alegria quando alguém chega pra você e fala o quanto a leitura do seu livro marcou a vida dela. É algo que não dá pra expressar em palavras, é sublime. É o que faz valer a pena sentar e escrever. Escrevo porque gosto, porque me divirto, e a recompensa é essa, a alegria no rosto dos leitores.

9. Escolha uma frase ou parágrafo do seu livro para nos inspirar. 

É uma frase dAs Crônicas de Pindorama - Piná e o Despertar da Escuridão.

"O medo que vocês sentem é apenas uma ilusão e se vocês permitirem, ele se tornará tão grande que vai devorá-los por inteiro. Mas, se vocês se impuserem, se deixarem a coragem tomar conta de sues corações e mentes, não há limites para a vitória! A liberdade de vocês está ao alcance de suas mãos, vão pegá-la!"
Quem quiser, pode falar com o autor  através dos contatos:

Blog Pindorama Geek: http://pindoramageek.com.br/


E-mail: pindoramageek@gmail.com


Confira a sinopse:
Annabel acordou assustada e tremendo. Por dois segundos teve paz para organizar seus pensamentos, mas apenas esses segundos não foram suficientes. Embora sua mente lutasse para afirmar que tudo não passara de um sonho, as mãos do atacante misterioso apertando-se em volta do seu pescoço diziam-lhe o contrário. Tudo aquilo era bem real. Lutou e lutou sem obter qualquer êxito, até que finalmente ouviu a assombrosa voz do seu agressor que cortou-lhe a alma como uma afiada lâmina: “Piná, eu sei quem você é”. Então, tal como misteriosamente começara, o ataque cessou. Ela levou as mãos a garganta, puxando o ar como uma louca, e pensando nas palavras que ouvira. Não tinha a menor ideia do que significavam, mas estava disposta a descobrir. Annabel parte assim em uma grande jornada, onde irá descobrir quem é de verdade, e se está realmente preparada para enfrentar o grande mal que paira sobre as terras de Pindorama, a fantástica terra das palmeiras, também conhecida como Brasil.

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Entrevista com o Autor: Rafael Buarque Montenegro
4/ 5
Oleh

3 comentários

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1 de fevereiro de 2016 às 21:31

Olá!

Parabéns pela entrevista! Não o conhecia, mas para os fãs do gênero que ele escreve, as leituras são praticamente obrigatórias, têm ótimas premissas!

resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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2 de fevereiro de 2016 às 06:32

Olá,

gostei da entrevista, parabéns. Fiquei contente em saber que temos mais um escritor de fantasia fantástica e principalmente ficção científica, gostei das leituras dele, todavia por ser um escritor de de ficção científica como disse, esperava que fosse falar "leio Isaac Asimov, Robert Heinlein, Philip K. Dick, Arthur C. Clarke", mas não li isso, tudo bem. www.sagaliteraria.com.br

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2 de fevereiro de 2016 às 14:53

Oi Augusto, tudo bem
Adorei o autor que escolheu para fazer a entrevista. Concordo com ele, também credito que devemos tentar ser melhor todos os dias. Gostei de saber que ele gosta do novo, por todas as respostas que eu li dele, uma palavra veio a minha mente no final: liberdade. Ele parece ser alguém livre, livre de qualquer tipo de amarras, o que é excelente para um criador de fantasia. Excelente entrevista. Sucesso para o autor!!
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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